terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Dei Xá

Deixai de ser boba
Deixai de ser babá
Deixai de babar

Deixai de falar
Deixai de acatar
Deixai de aceitar.

Deixai de vilependiar
Deixai de chatear
Deixai de lembrar

Deixai de comparação
Deixai de deturpação
Deixai de ilusão

Por hora... Deixarei apenas a reflexão.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Tchamanismo I

"Faz que me quer
Me deixa tonta tonta
Faz de me ter
Me deita rouca rouca
Faz de me ser
Me faço em manhas e manhas...
Se fazes de me sorrir e permaneces a me amar:
Eis que sigo tchamano.. tchamano!"

sábado, 13 de outubro de 2012

Entranhado




Roça teus pêlos em mim
Deliro ao te sentir (Delírio é te ver em cima de mim.)
Roça seu suor em mim
Me faz suar junto do corpo teu sem sentir            
Roça sua voz nos meus ouvidos
Me arrepia da cabeça aos pés, antes mesmo que eu entenda o que me foi dito
Roça seus beijos em mim
Me deixa mole a cada toque. Me entorpece
Roça seu olhar em mim
E lembra, o que vê é teu (Deleito-me...)
Rola teu papo em mim
Me faz rolar, atropelar, apelar, sentir, esvair, ir... Além de mim.




sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Deixe

Deixe que os olhares entranhem, estranhem, espalhem, apanhem.
Deixe que o feixe disperse.
Deixe que os dizeres se percam, pereçam, pequem, ceguem.
Deixe que os prantos sequem.
Deixe que os prazeres esbanjem, atropelem, ecoem, atormentem
Deixe de deixar ser.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Alvorecer, resplandecer... transparecer
Te digo o que sou
Tu me defines o que quer.
Te afago com olhares lineares
Tu me interage com pronuncias respeitáveis, impensáveis...
Te digo que te gosto
Teu afeto me afeta.

Moço das palavras doces
do abraço apertado
do carinho encontrado.
Moço das mãos dadas
dos braços certeiros
dos dizeres forasteiros
onde encontro tão leve zelo.

Arrebata muros
chega com a noite
e faz-se presente no dia.
Permita-me
Decifra-me
Enfeita-me
Perfuma-me!

Fez-se presente no presente me que surgia.
Sem ver
me vi dançar pela música que me seduzia
pela companhia que me conduzia.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Apelo

Óh, intrépida e flutuante soberba de ser!
Dai-me um pouco menos de aflição para com minhas visões.
Tenha-me piedade, pra que eu não misture-me aos demais!
Seja sempre afronte à minha mania de querer mais do que posso ter.
Fique calada diante as minhas ações. Mas esteja alerta às minhas reações.
O quanto pulsa a lingua dentro da boca cheia de palavras, é o mesmo quanto alteram-se os gestuais dispostos a expor em atos a impulsividade que me controla.
Dei-me paz! Mas só se não for me tirar a euforia atroz!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Isolamento não é tristeza

Trabalhada em incensos, no sol, nas estrelas e na lua...
Um dia entendo pra quê tanto isolamento.
Não é que eu não goste de todas as pessoas... Não é assim!
Mas as vezes é bom se permitir entender... minha evolução vem de dentro. É um papo afiado comigo mesma. Um papo sério.
É tipo arcar com escolhas, e querer entender um significado pras escolhas... são tempos diferentes. Por mais que possam magoar, eu não me arrependo.
Isso de desfazer laços antigos é confuso. Isso de querer coisas novas é meio insano, faz bololô na cabeça, dá nó nos pensamentos.
Eu me entendo, mas não é sempre que sei me explicar... é ridículo não conseguir se explicar pra quem se importa.
Descobri que amores acabam, se transformam... e que pessoas que me cedem espaços em suas vidas, gostam de mim, independente do lugar ou situação.. isso é confortante mas é pesado. Nunca esperei nada de ninguem. Sempre segurei o peso de tudo, sempre dei conta... Meus problemas são meus. Sempre pensei assim, por isso nunca quis aprender a pedir nada a ninguem.
Enfim, agora prevejo coisas novas de qualquer forma. Apostei alto, espero que sejam boas coisas.
Sei que esse isolamento é importante pra mim, mas realmente espero que algum acontecimento consiga me tirar deste, em prol de algo verdadeiro.
Tô afim de verdades. Tô afim de lugares.
Pela primeira vez na vida, tô afim de mãos dadas.
É tudo novo de novo!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Tô bem de baixo prá poder subir
Tô bem de cima prá poder cair
Tô dividindo prá poder sobrar
Desperdiçando prá poder faltar
Devagarinho prá poder caber
Bem de leve prá não perdoar
Tô estudando prá saber ignorar
Eu tô aqui comendo para vomitar

Eu tô te explicando
Prá te confundir
Eu tô te confundindo
Prá te esclarecer
Tô iluminado
Prá poder cegar
Tô ficando cego
Prá poder guiar

Suavemente prá poder rasgar
Olho fechado prá te ver melhor
Com alegria prá poder chorar
Desesperado prá ter paciência
Carinhoso prá poder ferir
Lentamente prá não atrasar
Atrás da vida prá poder morrer
Eu tô me despedindo prá poder voltar

Tom Zé

Transcende assim. Simplifico assim:

Não falo do amor. O sou.
É o que me difere das outras. É o que me faz sorrir no chorar.
Não o quero. O sou.
Uso pra me perfurmar, o galopo, visto, uma roupa impermeável.
Vai pra onde eu for. Está presente em cada momento.
Meu melhor amigo, meu protetor.
Esteve comigo ontem, e estará quando me for.
Não me tenhas amor. O sou.
Sou aonde estiver, com quem estiver.
Sou com quem me olha, com quem me quer.
O sou.
Me deixa leve!


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sim e não. Não e sim. Sim ou não; não ou sim?
Talvez ou com certeza? Não tenho certeza, mas acho que sim. Ou talvez que não.
Não sei, só sei que não sei. Sei lá...
Tenho vergonha de falar. Tenho medo de fazer. Não sei o que esperar.
Bla bla blá... whiskas sachê.
Quero. Não quero. Não vou. Estou lá.
Perto e longe; longe e perto ou cerveja?
Amendoim, pipoca, sorvete...
Oh não! Doce ou salgado? Suco de uva...
Caos pitoresco!!
Há quem converse assim.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Querido diário.. (risos)

Será possível vagar em vários universos paralelos num mesmo momento?
Estou num momento no qual me falto um pouco, enquanto me sustento e me seguro pra não me perder de vista.
Neste mesmo dia me deu uma vontade incontrolável de ouvir Sublime (como eu amava essa banda), daí lembrei da adoração que tenho por clássicos dos anos 50, e com isso me veio à cabeça o quanto ouvia tantas coisas, antigamente. Sem falar das outras músicas que tornariam isso tudo ainda mais contraditório...
Tenho sentido coisas estranhas, estado incomodada comigo, minha insustentável leveza de ser, e só ser.
Pensei: de duas uma, ou estou me encontrando novamente, ou de fato tô mais perdida que filho da puta no dia dos pais.
A verdade é que entre picos de humor, eu me divirto até quando choro. Sei rir de mim. Loucura? Sanidade?
Resposta: Christine.
Pela primeira vez, quero de FATO fazer a coisa certa.
Caso não me encontre por aí, estarei bem da mesma forma. Mas a frase que não quer calar é:
"Me encontre, ou deixe-me te encontrar!"


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Biruta




Inspira-me!
Olhos marejados, no sereno da noite.
Braços apertados, com se encaixados
Laços feitos como nós cegos, apenas sentidos.
Sentidos aflorados como se algo fosse me escapar.
Gosto aprovado, como temia constatar
Como temia aprovar..!
A prova... Degustação... Constatação... Confusão.
Me deixou dislexica.
Mas o Milton, ainda me inspira a escrever.
Como é estranho me sentir receptiva novamente...
Vulnerabilidade dói na alma, de quem trai todas as suas incertezas.


sábado, 23 de junho de 2012

"O GÊNERO DE LIBERDADE MAIS IMPORTANTE, É SERES VERDADEIRO / TROCAS A TUA REALIDADE POR UM PERSONAGEM / TROCAS OS TEUS SENTIDOS POR UMA ATUAÇÃO/ DESISTES DA CAPACIDADE E EM TROCA POES UMA MÁSCARA/ NÃO PODE HAVER UMA REVOLUÇÃO EM GRANDE-ESCALA, SE ANTES NÃO HOUVER REVOLUÇÃO INDIVIDUAL DA PESSOA/ PRIMEIRO TEM QUE ACONTECER CÁ DENTRO."

Jim Morrison

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Uma conversa franca

...
Ela: Até hoje penso em você quando ouço 'teresinha'

EleMas o meu fim para teresinha é trágico... Amo demais a música, mas o amor de teresinha não é o terceiro. Embora ele seja eniquimáico, é impossivel alguém ser indecifrável. (Tava tendo uma conversa com uma pessoa relacionado a isso hoje, em relção que para mim é impossivel alguém ser indecifrável, ao menos para mim)

Ela Não necessariamente trágico. Talvez com ar melancólico, com certas difusões... doído, mas é algo que segue. Acho que sentimentos assim quando transbordados levam a um exclarecimento maior, elevam de certa forma, ensinam..
Quanto ao decifrável... meu bem, somos incógnitas congênitas, e pecamos por sermos humanos, logo as brechas são o que nos tornam decifráveis em formas e atos, olhares e desastres.


Ele Engraçado, eu vejo nos olhos cada pessoa. é tenso!

Ela Não, é lindo!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Vou de Móveis Coloniais de Acaju

Sem Palavras

Eu sei que nada tenho a dizer,
Mas acabei dizendo sem querer
Palavra bandida!
Sempre arruma um jeito de escapar (hum!)

Seria tudo muito melhor
Se a música falasse por si só
Dá raiva da vida
Nada existe sem classificar (não!)

Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz

Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais

Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?

Diria mudo tudo o que faz
Minha vida andar de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar (não me olhe assim!)

Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz

Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais

Não é medo, nem é riso
Não é raso, não é pouco, nem é oco
Não é fato, nem é mito
Não é raro, não é tolo, não é louco
Não é isso, não é oco
Não é fraco, não é dito, não é morto
Não, não, não, não

Eu sei que nada tenho a dizer
Pensei em mil palavras, e enfim
Seria tudo muito melhor
Pensei
Seria
Se um dia alguém puder me entender

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Não se leve tão a sério

Ela se redigia, sempre se incluia em palavras desajeitadas. Estava sempre em meio aos desajeitos.
Não gostava de muitas coisas que guardava pra si. Nem tudo há de ser compartilhado.. com o passar do tempo, foi o que aprendera.
Se encontrava desajeitada em meio a certas futilidades, não tinha paciencia.. talvez faltasse um pouco de humor refinado. Daqueles fingidos, beeem fingidos por quem não acha a mínima lógica em tanta embecilidade.
Era desajeitada quanto a isso, porque via sempre que outros achavam graça, sempre tinha alguem que achasse 'bonitinho', achavam-se até atraídos. Mas realmente não compreendia.
"Acho que pra sorrir, tem que ser com vontade. Pra gargalhar, tem que haver ímpeto na gargalhada." Talvez por isso o ar debochado.
Gostava de gozar dos prazeres reais. Aqueles vistos, sentidos, sussurados de maneira feroz. Inegáveis.
Ela sabia onde encontra-los. Por isso só ficava sem quando preciso.
Ela não era santa. Nunca foi. Achava catastrófico que pensassem isso... Afinal, que mulher que se preze é santa?! Mulher tem de ser mulher de verdade: Inteira, de pé, na cama, no chão, em postura, sensual em detalhes, de muitos olhares, de muitos apelos, dos muitos olhares, de muitos apertos, de intimidades, de seios, de desejos, de meia luz, de luz inteira.
... Achava que uma boa mulher, deveria por natureza nascer inteligente.
A moça brincava de ser e não ser, enquanto a muitos tentava entender.
...

Apenas pensando, sem levar tão a sério assim... ela sempre encontrou-se feliz.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A História de Fernão Capelo Gaivota


[...]
Uma gaivota nunca contesta o conselho do bando, mas a voz de Fernão ergueu-se gritando:
_ Irresponsabilidade? Meus irmãos! Quem é mais responsável do que uma gaivota que descobre e desenvolve um significado, um propósito mais elevado na vida? Passamos mil anos lutando por cabeças de peixe, mas agora temos uma razão para viver, para aprender, para descobrir, para sermos livres!

...

Fernão Gaivota passou o resto dos seus dias sozinho, mas voou muito além dos Penhascos Longínquos. A solidão não o entristecia. Entristecia-o que as outras gaivotas se tivessem recusado a acreditar na glória do vôo que as esperava. Recusaram-se a abrir os olhos e a ver.
Aprendia cada vez mais. Aprendeu que um eficiente mergulho a grande velocidade lhe dava o peixe raro e saboroso que viviatrês metros abaixo da superfície do mar. Já não precisava de barcos de pesca nem de pão duro para viver. Aprendeu a dormir no ar, estabelecendo um percurso noturno pelo vento largo, cobrindo cento e cinquenta quilômetros desde o acaso até a aurora. Utilizando o mesmo controle interior, voou atravéz de nevoeiros cerrados e subiu acima deles para céus estonteantes de claridade... enquanto qualquer outra gaivota ficava em terra, conhecendo apenas a neblina e chuva. Aprendeu a dominar os altos ventos do continente e a jantar ali os delicados insetos.
O que outrora desejara para o bando tinha-o agora só para si. Aprendera a voar e não lamentava o preço que pagara por isso. Fernão Gaivota descobriu que o tédio, o medo e a ira são razões por que a vida de uma gaivota é tão curta e, sem isso a perturbar-lhe o pensamento, viveu de fato uma vida longa e feliz.
[...]

(Lembrando que a felicidade é apenas um estado de espírito.)
Trechos da primeira parte de um lindo livro dos anos 70, que um dia me falou sobre liberdade.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Ordenada pelo Tempo

O queixo erguido é singular.
Trama traçada por artimanhas
A mesma cama de todas as manhas.
Nada muda!
Só mudam as vias contornadas
Mudam-se apenas as palavras usadas.
Em consenso, apenas apelos mesmo.
Emudecidos
Mudados
Pouco dados.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ela gostava de músicas antigas
Do cheiro da chuva durante a madrugada...
Gostava de lembrar dos cheiros apresentados pela vida.
Gostava de ser lembrada com doçura
...E ousava no bem querer, fazia disso sua arte.
Gostava de brincar com botões coloridos.
Gostava de não ligar muito pra pontuações, enquanto escrevia degustando xícaras e mais xícaras de café.
Gostava de não pensar muito no amanhã e se afundar em momentos presentes.
Sempre perdia a hora!
Tinha uma dislexia voluntária que achava o máximo.
Gostava de umas roupas de velhos.
Achava lindo o seu jardim. Por isso até plantou rosas novas.
Ela gostava de passar horas com seus gatos, enquanto sentia saudades daqueles que ama.
Adorava palavras céticas, o otimismo a irritava vez em sempre;
Gostava tanto de duvidar do óbvio...






quinta-feira, 10 de maio de 2012

Em comemoração à minha desnatureza

Não falo mais de amor!
Me lixo pro tal ardor.

Mas vou falar de amor pra quê?
Ouvir musiquinhas babacas pra quê?
Escrever inutilidades sentimentais pra quê?
Fingir que sou uma pessoa emocionalmente afetável pra quê?
Me remoer em palavras chichês e apelações pra que mais?
Pra quê? Pra quê??
Nem sou tão passiva de sentimentos assim.

Sou interessante, do tipo que não tem pudor. Fria, frígida, fingida, calculista, fútil. Aquela que sai por aí pensando no proximo número pra coleção. Porque afinal de contas, sou irresistível. E minhas roupas e músicas estão aí pra desmonstrar isso.













Mentira.


(Até me orgulho de ser um alien detestável. rs)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Como dizia o poeta...

"Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não."

Vinicius de Moraes

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Pra não dizer que não me viu passar



"Pra que não diga que não me viu passar
Vou te passar no calcanhar.
Pra que não diga que não me ouviu falar
Vou te cantar num canto, um canto ao pé do ouvido.
Pra que não diga que não me sentiu
Te toco, sutilmente. Até com os olhos se preferir.
Se disser que não sentiu meu cheiro... é mentira.
Se disser que passei dispercebida... rs
Das mentiras é a mais mentirosa.
Se disser que não... Bem..
Então não vou relutar
Passo outro entre as coxas e calcanhar."
;)

segunda-feira, 19 de março de 2012

Talvez não me enquadre mesmo


Não sei copiar e colar, sem nada dizer, acrescentar ou discordar, sem dar meu parecer...
Não enquadro-me em metades. Prefiro o inteiro.
Não sei fingir sem rir. Não sei não dizer o que penso.
Não enquadro. Não gosto de espaço fechado.
Não consigo ficar quieta muito tempo. Não gosto do 'tempo ao tempo'.
Abomino a intranzição. Com isso torno-me (sempre e pra sempre) escrava da incompreensão.
Não abandono meu 'não'.
Não faço questão de viver longe da incompreensão mútua.
Vejo graça nas diferenças. Viajo de graça nas (in)diferenças...
Mas não queira impor-me o 'não'.
Ou serei obrigada a dizer 'sim' e fugir de mim.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Gosto dessa parte..

"... Há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado esperto,
só o deixo sair à noite
Por vezes
quando todos estão a dormir.
Digo-lhe, eu sei que estás aí,
por isso
não estejas triste.
Depois,
coloco-o de volta,
mas ele canta um pouco lá dentro,
não o deixei morrer de todo
e dormimos juntos
Assim
com o nosso
pacto secreto
E é bom o suficiente
para fazer um homem chorar,
mas eu não choro,
e tu?"
Charles Bukowski

Até o pior dos pessimistas é capaz de alimentar e zelar o que mais teme, aquilo de mais inquietante, talvez até vergonhoso quando se pensa no ego...

Tentei explicar... mas não consigo. É coisa de sentir, não de complexar.
(... Mas acho bonito. rs)

Às Marias e afins

"Se a 'buniteza' não vem até mim...
Vou eu atrás dela.
Tenho Marias e Marias correndo atrás comigo.
Tenho por fins e afins, que conquistar tal companhia.

Se a tristeza me vem tambem, compartilho com quem se importa.
Com quem não fecha a porta.
É tanta 'buniteza' compartilhar, que até a tristeza fica incomodada...
Esta sim se fecha pra nos deixar sorrir.. Afinal, sorrir sim me conforta!"

domingo, 11 de março de 2012

Conflituosidade me deixa sem chão

"Não sei se é.
Não sei se não é;
Pouco sei do saber.
Entendo do sentir...
Mas e quando não se sabe o que sentir?
Pus o saber no sentir... deturpei as emoções, por mais uma vez nada saber."

Vagando onde não conheço... O desconhecido que já é velho companheiro.
A verdade é que não há como saber de algo que ainda não foi vivido. É fatídico demais pensar assim...
Então, às vezes a saída mais favorável é a introspecção.
Tchau mundo!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Momento são

Quando há solidão, brotam respostas.
(Falo por mim, desde já deixo dito.)
Quando há escuridão, coisas claream-se por si só...
Cigarros mal acompanham os pensamentos que queimam em brasas tão ardentes, que mal visualiso sua própria fumaça.
Pessoas pra conversar (rs), é difícil quando nenhuma fala a sua lingua... ou quer entende-la..
Saõ tantas as palavras, tantos os disse não disse, tantas vontades, tantas confusões, que às vezes é melhor deixar pra lá. É que nem todos compreendem a cabeça de quem tem o mundo em si...
Alguns se afastam, outros se aproximam por curiosidade, já tem aqueles que não conseguem trocar uma conversa que não seja simplória á minha persepção.
A verdade é que quero todos. A verdade é que não quero nenhum.
Quero todas as companhias, estou disposta aos desprazeres de quem vier a me trazer prazer. Sorrir nunca é demais...
A insatisfação bate em relação as palavras, que de pouco me abalam... Atitudes são escassas hoje em dia. E é exatamente estas que busco nos meus... Continuo querendo um pouco disso e daquilo, e ninguem é capaz de falar a mesma lingua que eu.
Continuo querendo um pouco do que não sei.. e ninguem é capaz de cair na busca comigo, pra trazer talvez um pouco de nada pro tudo.
São todos tão óbvios que prefiro ficar quieta e evitar a fadiga!
Se converso contigo, te faço declarações ou elogios, é sincero. Coisa que ainda não aprendi nesta vida foi a ser falsa. Mas por favor, não hesite!
Não gosto de quem hesita, de quem abandona o barco, não traga fraqueza, esta não me acrescenta... me suga, me enche, me irrita. Quero atos, atos, atos!!!
A verdade é quero companhia, estar só me traz respostas para o que não pergunto, me faz pensar em coisas que me desagradam...

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Um pouco disso e daquilo já estaria de bom tamanho.

Bocejo, bocejo, sorriso, calmaria e desespero.
Despertar e relaxar...
Deixa estar.

Pateticamente esnobe, brevemente musical... 


(Uma confissão: minha cabeça não está funcionando como deveria!)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Canta coração



Canta, canta passarinho, canta, canta miudinho
Na palma da minha mão
Quero ver você voando, quero ouvir você cantando
Quero paz no coração
Quero ver você voando, quero ouvir você cantando
Na palma da minha mão
Na palma da minha mão tem os dedos tem as linhas
Que olhar cigano caminha procurando alcançar
A nau perdida, o trem que chega, a nova dança
Mata verde esperança, em suas tranças vou voar
Passarin...in...nho eu vou voar
Quero paz no coração
Meu alegre coração é triste como um camelo
É frágil que nem brinquedo, é forte como um leão
É todo zelo, é todo amor, é desmantelo
É querubim, é cão de fogo, é Jesus Cristo, é Lampião
Passarin...in...nho eu vou voar
Passarin...in...nho eu vou voar
Passarin...in...nho eu vou voar

Geraldo Azevedo

Entendimento

"E o velho deu espaço pra novos espaços...
O velho não completa novos espaços.
Os espaços, não se importam com o velho.
O velho deixou de ser confortante.
O espaço fechou caminho pro velho!"

domingo, 29 de janeiro de 2012

Foi-se o tempo da ingenuidade, meu bem.
Quem fecha os olhos pro mundo, deixa de ver o que há de bonito, de ouvir e vive-lo.

Despretensiosamente...















Te dedico
Tu dedicas
Dedicamos, à outros

Eu futuco
Tu vislumbra
Nos queixamos, à outros

Eu pioro
Tu apoia
Nos perdemos, a toa.

Ando bem blasé com certas coisas.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito

Por Vanessa Meneguci, ainda em tempos de escola. Amo!

 "A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro."
Platão

Prezo muito aqueles que amo, por serem meu bem mais valioso.




sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Troquei o café, pelo colorido!

:)

Tropeços são à parte


"Ouço sentir
E aquilo que me cabia
Já não existe mais
Palavras dobradas
Gomas e cartazes
Nos trazem a paz.
Nos fazem em paz
Nos cobram a paz.

Números, letras, vozes e cores.
Guardados em caixas
Nunca são poucos.
Quem sabe quando abrir?
Quem sabe quando ver?

Em fração de segundos
Os olhos se abrem
A voz engasga
Soluços são à parte
Quem sabe não grito?
Quem sabe não danço...

Eu só quero extravazar, me queixar, fatídicamente gargalhar
Ousar e ver desabroxar
Quero mais do que virá
Afinal,
Tropeços são à parte
De nada vale lamentar."

Amém