Ele me tirou a leveza
E me deixou um maço de caos
Traguei a ideia
Esbaforida trepidei na calçada
Que leva caminho pro meu coração
Matei meu calor
Fiz mata no asfalto quente
Suei morno, nem salgado nem doce
Carne mal dormida
Coisa meio sem gosto
Esfumaçada na penúria
Crente que fingia
Vista grossa pro vigia
Mas só queria estar nua.
Na lua e no dia
Atravanquei a nudez
Que de mim só fugia
Comi até meu rim
Queria deixar de fome
De queixar vazio
Dar fim ao gosto maciço
De quem vem sem nem ter ido
Do caco ao mastro
Mas de fato
Eu só queria estar nua.
Imagina ser quem te ferve cru
Toma sem adoçar
Mastiga sem engolir
Termina sem chegar ao fim
Pega e leva tudo ou nada
Mas deixa a criatura
Que só quer ficar nua
Meio turva e embaraçada
Confusa com distinção de quem fuça
Molhada de mim
Exaurida por fim
Limpo aura e coisas afins
Pra pertencer mais a mim
Nua.
Nua
Só nua
Em mim.
Despida de mim.
Ludicamente Controverso
De feto, de fato, de fardo. Te falo. Não calo.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
sexta-feira, 23 de março de 2018
27/11/13
Como o que te aflora
O que atropela o sabor
Nossos corpos são templos
Embolados, como for
Processo lento
Calma dor
As retinas imploram
Crendo ou não, como for
Por mais que consiga dizer
Vontades são pólvoras
Sonhos calados evaporam
Sim, ouso dizer, como for
Sábia fruteira da alma
Vem lembrar que a vida dá choque
Quando vence tudo o que você imaginou
Que a realidade seja aquela impensada
Ainda assim... Vou: como for.
Conformismo.
O que atropela o sabor
Nossos corpos são templos
Embolados, como for
Processo lento
Calma dor
As retinas imploram
Crendo ou não, como for
Por mais que consiga dizer
Vontades são pólvoras
Sonhos calados evaporam
Sim, ouso dizer, como for
Sábia fruteira da alma
Vem lembrar que a vida dá choque
Quando vence tudo o que você imaginou
Que a realidade seja aquela impensada
Ainda assim... Vou: como for.
Conformismo.
Fuego de la noche
Ando vasta
De solidão
Mesquinha
Não rio, quase conformo
Lerdeza
Fez lar nos meus dias
Certeza
Das noites frias:
Fez-me lar a vastidão.
18/08/17
De solidão
Mesquinha
Não rio, quase conformo
Lerdeza
Fez lar nos meus dias
Certeza
Das noites frias:
Fez-me lar a vastidão.
18/08/17
03/03/2018
Meu grito
Silêncio que ecoa
Diretrizes concomitantes
Nos versos e prosas
Que te dediquei um dia
Te causa ardor
Quando repousa
Delicadamente
Sua consciência na minha
Fingi que dormia
Fiquemos de lado
Dê espaço pro gato
Dou de ombro e desfaço
Incólume me consulto
Minha cabeça parece a de alguém maluco
Quando fecho os olhos
Vejo que crio vaga-lumes
Apago as luzes neles
Preciso dormir
Outra vez.
Silêncio que ecoa
Diretrizes concomitantes
Nos versos e prosas
Que te dediquei um dia
Te causa ardor
Quando repousa
Delicadamente
Sua consciência na minha
Fingi que dormia
Fiquemos de lado
Dê espaço pro gato
Dou de ombro e desfaço
Incólume me consulto
Minha cabeça parece a de alguém maluco
Quando fecho os olhos
Vejo que crio vaga-lumes
Apago as luzes neles
Preciso dormir
Outra vez.
antissocial
me olha: não te vejo
me fala: não te absorvo
me toca: não causa atrito
se cala: me encorajo na curiosidade
se fecha: me dispo
se move: me perco em disparada
meu não se move à medida que a capacidade de entendimento é comedida
ser o não
adjetivo de negação
me soma razão
te subtrai coesão. constatação.
me fala: não te absorvo
me toca: não causa atrito
se cala: me encorajo na curiosidade
se fecha: me dispo
se move: me perco em disparada
meu não se move à medida que a capacidade de entendimento é comedida
ser o não
adjetivo de negação
me soma razão
te subtrai coesão. constatação.
terça-feira, 28 de novembro de 2017
02/07/2016
De poucas coisas não se herda culpa.
Há quem não tenha culpa por deixar uma pessoa acamada sozinha em casa;
Há quem não sinta culpa pelo erro de outrora;
Há quem não se culpe por dizer claras verdades;
Há quem não se culpe pelas culpas não ditas.
Se em todo o resto há culpa, não culpe as desculpas.
Há quem não tenha culpa por deixar uma pessoa acamada sozinha em casa;
Há quem não sinta culpa pelo erro de outrora;
Há quem não se culpe por dizer claras verdades;
Há quem não se culpe pelas culpas não ditas.
Se em todo o resto há culpa, não culpe as desculpas.
03/11/2017
Arranque-me expressões descrentes
Pensamentos sem razão
Arranque-me utopias
Na vasta solidão
Arranque-me as palavras
Substituídas em lágrimas
Certifique-se de ceifa-las
Ou retomarei-as de prosa
Afugente-me de mim
De passos largos recobro, no fim
Não me importa o que te entrego
Se sempre há de voltar para mim
Doce dissabor
Pura sinestesia
Puta covardia
A vida vivida
Neste baile
Me transborda/transporta o coração.
No fim
Pensamentos sem razão
Arranque-me utopias
Na vasta solidão
Arranque-me as palavras
Substituídas em lágrimas
Certifique-se de ceifa-las
Ou retomarei-as de prosa
Afugente-me de mim
De passos largos recobro, no fim
Não me importa o que te entrego
Se sempre há de voltar para mim
Doce dissabor
Pura sinestesia
Puta covardia
A vida vivida
Neste baile
Me transborda/transporta o coração.
No fim
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
13/06/15
Eu tenho um templo chamado corpo
Totalitado de um todo não visível
Onde jaz um reino apalpável à mim
Um caminho não visto pelo todo
Uma fortaleza guardada para mim
(feita sob medida)
Acalenta-me a maior das dores
Esconde-me do pior dos olhares
Diz-me que sou além de mim.
O corpo chora
A alma padece
O corpo padece
A alma aflora
O corpo padece
Alma à fora
Totalitado de um todo não visível
Onde jaz um reino apalpável à mim
Um caminho não visto pelo todo
Uma fortaleza guardada para mim
(feita sob medida)
Acalenta-me a maior das dores
Esconde-me do pior dos olhares
Diz-me que sou além de mim.
O corpo chora
A alma padece
O corpo padece
A alma aflora
O corpo padece
Alma à fora
17/03/17
Abro o véu que há em mim
Te deixo entrar
para mostrar camadas encobertas
Por puro ego meu
Visto um sorriso pleno
dotado de devaneios e alusões
Iludo com canto mudo
Meu troféu de ilusões
Capacito meus ouvidos a te ler
Decoro olhares pra te entreter
Bocejo palavras aflitas, mendigas, ríspidas
repetidas, perdidas, assíduas
Caso pensado
Te deixo entrar e sair
Deste universo
Cá em mim.
Te deixo entrar
para mostrar camadas encobertas
Por puro ego meu
Visto um sorriso pleno
dotado de devaneios e alusões
Iludo com canto mudo
Meu troféu de ilusões
Capacito meus ouvidos a te ler
Decoro olhares pra te entreter
Bocejo palavras aflitas, mendigas, ríspidas
repetidas, perdidas, assíduas
Caso pensado
Te deixo entrar e sair
Deste universo
Cá em mim.
Um vinho cai bem
Tarde e chuva
lembra e revela
ar de ninho
corpo e vinho
Sereno, menino
água vestindo
verdes finos
ouço gotas rastejantes
Prenda cara
rara vista
endossa e cumpre
beleza tinta da conexão servida
lembra e revela
ar de ninho
corpo e vinho
Sereno, menino
água vestindo
verdes finos
ouço gotas rastejantes
Prenda cara
rara vista
endossa e cumpre
beleza tinta da conexão servida
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