segunda-feira, 28 de maio de 2012

Não se leve tão a sério

Ela se redigia, sempre se incluia em palavras desajeitadas. Estava sempre em meio aos desajeitos.
Não gostava de muitas coisas que guardava pra si. Nem tudo há de ser compartilhado.. com o passar do tempo, foi o que aprendera.
Se encontrava desajeitada em meio a certas futilidades, não tinha paciencia.. talvez faltasse um pouco de humor refinado. Daqueles fingidos, beeem fingidos por quem não acha a mínima lógica em tanta embecilidade.
Era desajeitada quanto a isso, porque via sempre que outros achavam graça, sempre tinha alguem que achasse 'bonitinho', achavam-se até atraídos. Mas realmente não compreendia.
"Acho que pra sorrir, tem que ser com vontade. Pra gargalhar, tem que haver ímpeto na gargalhada." Talvez por isso o ar debochado.
Gostava de gozar dos prazeres reais. Aqueles vistos, sentidos, sussurados de maneira feroz. Inegáveis.
Ela sabia onde encontra-los. Por isso só ficava sem quando preciso.
Ela não era santa. Nunca foi. Achava catastrófico que pensassem isso... Afinal, que mulher que se preze é santa?! Mulher tem de ser mulher de verdade: Inteira, de pé, na cama, no chão, em postura, sensual em detalhes, de muitos olhares, de muitos apelos, dos muitos olhares, de muitos apertos, de intimidades, de seios, de desejos, de meia luz, de luz inteira.
... Achava que uma boa mulher, deveria por natureza nascer inteligente.
A moça brincava de ser e não ser, enquanto a muitos tentava entender.
...

Apenas pensando, sem levar tão a sério assim... ela sempre encontrou-se feliz.

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