quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Apelo

Óh, intrépida e flutuante soberba de ser!
Dai-me um pouco menos de aflição para com minhas visões.
Tenha-me piedade, pra que eu não misture-me aos demais!
Seja sempre afronte à minha mania de querer mais do que posso ter.
Fique calada diante as minhas ações. Mas esteja alerta às minhas reações.
O quanto pulsa a lingua dentro da boca cheia de palavras, é o mesmo quanto alteram-se os gestuais dispostos a expor em atos a impulsividade que me controla.
Dei-me paz! Mas só se não for me tirar a euforia atroz!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Isolamento não é tristeza

Trabalhada em incensos, no sol, nas estrelas e na lua...
Um dia entendo pra quê tanto isolamento.
Não é que eu não goste de todas as pessoas... Não é assim!
Mas as vezes é bom se permitir entender... minha evolução vem de dentro. É um papo afiado comigo mesma. Um papo sério.
É tipo arcar com escolhas, e querer entender um significado pras escolhas... são tempos diferentes. Por mais que possam magoar, eu não me arrependo.
Isso de desfazer laços antigos é confuso. Isso de querer coisas novas é meio insano, faz bololô na cabeça, dá nó nos pensamentos.
Eu me entendo, mas não é sempre que sei me explicar... é ridículo não conseguir se explicar pra quem se importa.
Descobri que amores acabam, se transformam... e que pessoas que me cedem espaços em suas vidas, gostam de mim, independente do lugar ou situação.. isso é confortante mas é pesado. Nunca esperei nada de ninguem. Sempre segurei o peso de tudo, sempre dei conta... Meus problemas são meus. Sempre pensei assim, por isso nunca quis aprender a pedir nada a ninguem.
Enfim, agora prevejo coisas novas de qualquer forma. Apostei alto, espero que sejam boas coisas.
Sei que esse isolamento é importante pra mim, mas realmente espero que algum acontecimento consiga me tirar deste, em prol de algo verdadeiro.
Tô afim de verdades. Tô afim de lugares.
Pela primeira vez na vida, tô afim de mãos dadas.
É tudo novo de novo!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Tô bem de baixo prá poder subir
Tô bem de cima prá poder cair
Tô dividindo prá poder sobrar
Desperdiçando prá poder faltar
Devagarinho prá poder caber
Bem de leve prá não perdoar
Tô estudando prá saber ignorar
Eu tô aqui comendo para vomitar

Eu tô te explicando
Prá te confundir
Eu tô te confundindo
Prá te esclarecer
Tô iluminado
Prá poder cegar
Tô ficando cego
Prá poder guiar

Suavemente prá poder rasgar
Olho fechado prá te ver melhor
Com alegria prá poder chorar
Desesperado prá ter paciência
Carinhoso prá poder ferir
Lentamente prá não atrasar
Atrás da vida prá poder morrer
Eu tô me despedindo prá poder voltar

Tom Zé

Transcende assim. Simplifico assim:

Não falo do amor. O sou.
É o que me difere das outras. É o que me faz sorrir no chorar.
Não o quero. O sou.
Uso pra me perfurmar, o galopo, visto, uma roupa impermeável.
Vai pra onde eu for. Está presente em cada momento.
Meu melhor amigo, meu protetor.
Esteve comigo ontem, e estará quando me for.
Não me tenhas amor. O sou.
Sou aonde estiver, com quem estiver.
Sou com quem me olha, com quem me quer.
O sou.
Me deixa leve!


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sim e não. Não e sim. Sim ou não; não ou sim?
Talvez ou com certeza? Não tenho certeza, mas acho que sim. Ou talvez que não.
Não sei, só sei que não sei. Sei lá...
Tenho vergonha de falar. Tenho medo de fazer. Não sei o que esperar.
Bla bla blá... whiskas sachê.
Quero. Não quero. Não vou. Estou lá.
Perto e longe; longe e perto ou cerveja?
Amendoim, pipoca, sorvete...
Oh não! Doce ou salgado? Suco de uva...
Caos pitoresco!!
Há quem converse assim.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Querido diário.. (risos)

Será possível vagar em vários universos paralelos num mesmo momento?
Estou num momento no qual me falto um pouco, enquanto me sustento e me seguro pra não me perder de vista.
Neste mesmo dia me deu uma vontade incontrolável de ouvir Sublime (como eu amava essa banda), daí lembrei da adoração que tenho por clássicos dos anos 50, e com isso me veio à cabeça o quanto ouvia tantas coisas, antigamente. Sem falar das outras músicas que tornariam isso tudo ainda mais contraditório...
Tenho sentido coisas estranhas, estado incomodada comigo, minha insustentável leveza de ser, e só ser.
Pensei: de duas uma, ou estou me encontrando novamente, ou de fato tô mais perdida que filho da puta no dia dos pais.
A verdade é que entre picos de humor, eu me divirto até quando choro. Sei rir de mim. Loucura? Sanidade?
Resposta: Christine.
Pela primeira vez, quero de FATO fazer a coisa certa.
Caso não me encontre por aí, estarei bem da mesma forma. Mas a frase que não quer calar é:
"Me encontre, ou deixe-me te encontrar!"


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Biruta




Inspira-me!
Olhos marejados, no sereno da noite.
Braços apertados, com se encaixados
Laços feitos como nós cegos, apenas sentidos.
Sentidos aflorados como se algo fosse me escapar.
Gosto aprovado, como temia constatar
Como temia aprovar..!
A prova... Degustação... Constatação... Confusão.
Me deixou dislexica.
Mas o Milton, ainda me inspira a escrever.
Como é estranho me sentir receptiva novamente...
Vulnerabilidade dói na alma, de quem trai todas as suas incertezas.