sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Deixe

Deixe que os olhares entranhem, estranhem, espalhem, apanhem.
Deixe que o feixe disperse.
Deixe que os dizeres se percam, pereçam, pequem, ceguem.
Deixe que os prantos sequem.
Deixe que os prazeres esbanjem, atropelem, ecoem, atormentem
Deixe de deixar ser.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Alvorecer, resplandecer... transparecer
Te digo o que sou
Tu me defines o que quer.
Te afago com olhares lineares
Tu me interage com pronuncias respeitáveis, impensáveis...
Te digo que te gosto
Teu afeto me afeta.

Moço das palavras doces
do abraço apertado
do carinho encontrado.
Moço das mãos dadas
dos braços certeiros
dos dizeres forasteiros
onde encontro tão leve zelo.

Arrebata muros
chega com a noite
e faz-se presente no dia.
Permita-me
Decifra-me
Enfeita-me
Perfuma-me!

Fez-se presente no presente me que surgia.
Sem ver
me vi dançar pela música que me seduzia
pela companhia que me conduzia.